O pastor Elyseu Queiroz de Souza, patriarca da Assembleia de Deus de Jundiaí, faleceu na manhã desta segunda-feira. O corpo será velado no Templo-Sede, a partir das 10h. O sepultamento acontece amanhã, terça feira, dia 9 de outubro, em horário a ser confirmado.
Dos 102 anos de vida, pastor Elyseu Queiroz viveu 51 em Jundiaí onde presidiu a AD jundiaiense por 35 anos de 1961 a 1996. Antes de chegar à terra da uva, atuou como pastor nas cidades de Marília, Álvaro de Carvalho, Catanduva e Votuporanga.
Dos 102 anos de vida, pastor Elyseu Queiroz viveu 51 em Jundiaí onde presidiu a AD jundiaiense por 35 anos de 1961 a 1996. Antes de chegar à terra da uva, atuou como pastor nas cidades de Marília, Álvaro de Carvalho, Catanduva e Votuporanga.
Foi casado com a irmã Eunice Cavalcanti (1920-1991) com quem gerou os filhos: Sônia e Helenice (falecidas), Rubens, Jasiel, Joel, Elisabete e Eliseu Sérgio de Queiroz, atual presidente da AD de Louveira. Parte para a eternidade em ditosa velhice com dezenas de netos e bisnetos, e milhares de filhos espirituais e centenas de obreiros treinados sob seu olhar sempre carinhoso e atento.
Breve histórico
O pastor Elyseu Queiroz de Souza nasceu em 22 de novembro de 1910, em Delmiro Gouveia-AL. Filho do casal Pedro Queiroz de Souza e Ana Maria de Queiroz, casou-se no dia 12 de novembro de 1932 com Eunice Cavalcanti. Ambos nasceram em lar católico, sendo ele um católico praticante e zeloso, tendo muitas vezes rezado terços e novenas na fazenda do seu pai. Em 1936, quando o casal passeava pelo arredores da cidade, ouviram um grupo de evangélicos cantando hino: “Sim, eu sei, oh, eu sei, Cristo salva o perdido pecador”, isso tocou-lhes o coração. Poucos dias depois, um certo alfaiate, amigo, falou de Jesus e ele rendeu sua vida a Cristo. Sua esposa era também católica tradicional, e a princípio não quis seguir a fé junto com o marido. Mas Deus lhe revelou em visão o significado da decisão de seu marido. Não mais resistindo a operação sobrenatural do Espírito Santo em sua vida, também rendeu-se ao Senhor Jesus. Ambos foram os primeiros da família a aceitar Jesus como Salvador.
Em 1937, foi separado ao diaconato e, em 1939, mudou-se para a cidade de Marília-SP, onde foi separado ao presbitério, em 1941, e posteriormente, para o ministério pastoral. Atuou como auxiliar do saudoso pastor Alfredo Rudzit, sendo transferido para a cidade de Catanduva-SP, atuando com auxiliar do pastor João Ferreira.
Em 03 de outubro de 1950, assumiu a presidência da igreja da cidade de Votuporanga-SP. Nesta cidade, escreveu muitos artigos evangélicos para o jornal “Oeste Paulista”, cujos temas suscitaram interesse em toda a cidade e até mesmo das autoridades.
Em março de 1961, chegou a Jundiaí, para assumir a direção da igreja, pela direção do Espírito Santo. Reconhecido como homem de Deus e cuja a experiência vivida sempre foram uma inspiração para os obreiros e exemplo para a igreja e família. Como pastor é uma referência nacional dentro da denominação e bem como fora dela. Um exemplo marcante, pois sempre praticou o que ensinava.
Homem de grande envergadura, e tido em grande estima pelas Assembleias de Deus. Sua dedicação e humildade, responsabilidade e os seus profundos conhecimentos das Sagradas Escrituras marcam a sua reputação. Autor de “As Gavelas da Disciplina e da Doutrina Cristã”, primeira edição publicada em 1960, escreveu também “O Obreiro Aprovado”, “O Ministério Pastoral”, todos de grande circulação no País e utilizados nos seminários, escolas teológicas e Institutos Bíblicos.
Foi um dos pioneiros na fundação da Escola Teológica “Pastor Cícero Canuto de Lima”, no Belém São Paulo, onde lecionou Bibliologia. Fundou a Escola Teológica em Jundiaí, que hoje tem o seu nome, Escola Teológica Elyseu Queiroz de Souza, elaborou apostilas sobre as epístolas do apóstolo Paulo ao pastor Timóteo e da carta de Tiago. Escreveu o livro “Israel por Dentro”, onde relata sua viagem em junho de 1985 a esse país, à luz da hermenêutica bíblica, abrangendo uma vasta área de teologia cristã. Sua última publicação foi o livro “Salmos” com comentários devocionais, doutrinários e teológicos. Também atuou como secretário do conselho administrativo da CPAD e integrou o Conselho de Doutrina da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil. Como escritor contribuiu com inúmeros outros artigos e poesias para o Mensageiro da Paz e para Seara, ambos veículos de circulação nacional da Assembleia de Deus, bem como produziu comentários de Lições Bíblicas da Escola Dominical.
Fonte: AD Jundiaí