24 de mai. de 2017

Perda da fé em Deus é principal motivo de suicídio entre jovens, diz pesquisador

Pesquisador Blaine Conzatti alertou que o fato dos jovens aderirem a uma visão pós-moderna e se afastarem de Deus tem sido decisivo para o aumento das taxas de suicídio


Fonte: CPAD News via Guia-me / com informações do Christian Post

A perda da fé em Deus e o declínio da religião estão entre as principais razões pelas quais jovens (adolescentes e adultos mais novos) estão cometendo cada vez mais suicídio nos Estados Unidos, de acordo com o grupo conservador ‘Instituto de Política Familiar’, de Washington.

A organização sem fins lucrativos estudou os diversos debates sociais que o drama adolescente "13 Reasons Why" (“13 Razões Por quê”), exibido pela Netflix, tem levantado sobre suicídio nos últimos meses, e observou que este é um é um problema real e crescente entre os jovens nos Estados Unidos.

O programa, baseado no romance do mesmo nome, retrata a vida e o suicídio de uma estudante de ensino médio, chamada Hannah Baker, detalhando 13 razões pelas quais ela escolheu tirar a própria vida.

Blaine Conzatti, colunista e pesquisador do ‘Instituto de Política Familiar’, escreveu em um artigo na semana passada, no qual afirma: "Muitos jovens adultos estão optando pelo suicídio como uma fuga das pressões da vida. De 2000 a 2015, a taxa de suicídio aumentou 27% entre as pessoas de 20 a 35 anos de idade (a taxa média de suicídios nos EUA entre todos os grupos etários aumentou quase 21% durante o mesmo período de tempo)".

"A taxa de suicídio do Estado de Washington é 16% maior que a média nacional", acrescentou Blaine, citando estatísticas da Fundação Americana para a Prevenção do Suicídio.

Conzatti não concorda com muitos especialistas que citam dificuldades econômicas acrescidas e serviços inadequados para tratamento de de saúde mental para explicar o recente aumento do suicídio.

Ele, em vez disso, apontou mudanças culturais, especificamente expondo quatro razões importantes pelas quais o número de suicídios tem aumentado.

"Os jovens americanos têm se distanciado cada vez mais das instituições religiosas ao longo das últimas décadas, optando por viver de acordo com ‘sua própria espiritualidade’ ou rejeitando inteiramente a fé em Deus", ressaltou ele.

Perda do propósito
O pesquisador também se referiu às estatísticas divulgadas pelo Centro de Pesquisas ‘Pew’, a partir de 2015, que mostraram que apenas 28% dos jovens nascidos entre 1981 e 1996 frequentam a igreja semanalmente. Além disso, os dados também mostravam que este grupo estava menos propenso a acreditar em Deus e apenas 38% considerando a fé como uma parte importante de suas vidas.

"Infelizmente, ao evitar o envolvimento em comunidades religiosas, os jovens atuais sacrificam o parentesco e a solidariedade que essas comunidades proporcionam. Essa prática de fé ajuda a dar significado à vida, e as comunidades religiosas equipam os indivíduos com as relações e o apoio necessários para resistir aos males traiçoeiros da vida", disse Conzatti.

O pesquisador também citou outro estudo do Jornal Americano de Psquiatria, que descobriu que indivíduos sem qualquer declaração de fé tinham "significativamente mais tentativas de suicídio ao longo da vida" e concluiu que "os sujeitos sem afiliação religiosa percebiam menos razões para viver, com particularmente menos objeções morais ao suicídio".

As outras três razões principais para o aumento da taxa de suicídio identificado pelo pesquisador do ‘Instituto de Política Familiar’ incluem o casamento tardio, o aumento das instabilidade profissional e a adoção de um ponto de vista pós-modernista - que afirma que a vida não tem sem sentido e a verdade não pode ser descoberta por ninguém.

“Atrasar o casamento significa que os indivíduos perdem benefícios como segurança financeira, maior bem-estar emocional e psicológico, além de outras melhores na saúde em geral”, argumentou ele.

“Além disso, mudar frequentemente de emprego tem sido associado a níveis mais elevados de estresse, crime e saúde precária, e faz com que os indivíduos se isolem das comunidades”, acrescentou.

O pesquisador reconheceu que reverter este quadro não é uma missão fácil, porém também não é impossível.

"Não há uma solução fácil. Inverter esta tendência depende de enfrentar efetivamente as mentiras aceitas pela cultura e pela sociedade, que alimentam a desesperança e a desorganização social e trabalhando para assegurar que nossas comunidades podem satisfazer com êxito as necessidades materiais, emocionais e espirituais de seus membros”, concluiu Conzatti.