26 de dez. de 2012

NATAL - Um nó de Deus na iniquidade


O Natal é um verdadeiro nó que Deus deu no pecado, e portanto, implanta um divisor de águas na história, ou seja, do veneno que matava os homens, faz surgir o soro que cura toda a humanidade, senão vejamos:

Primeiro, pela ação do Espírito Santo, o Emanuel, Deus conosco, é gerado no ventre de uma mulher  virgem, sem a necessária conjunção carnal de um homem. Para isso, diz a Bíblia que a virtude do Espírito Santo veio sôbre Maria, e debaixo da sombra do Altíssimo que a cobriu, aconteceu o milagre jamais visto até então e nem mesmo depois, milagre que nunca será desvendado. Por esse motivo, digo que o Natal é um verdadeiro nó no pecado e em satanás. Isso sem falar  no fato de que, José o noivo de Maria, pela intervenção divina através da mensagem do anjo, aceita Maria e a situação, no mínimo estranha. Coisa arquitetada e executada pelo próprio Deus e seu zêlo, e porque não dizer capricho.



O próprio Deus se faz homem. O Todo poderoso se apequena e se apresenta fraco. O Rico desce do esplendor da Sua glória, e nasce numa manjedoura como nem pobre gostaria de nascer.

Até mesmo a apresentação de Jesus no templo, de acordo com a tradição, acontece no turno de Simeão e Ana, a profetisa. Em que pese o doutor Lucas não mencionar se ele era ou não sacerdote em Israel, o fato de Jesus ter sido entregue em seus braços para a apresentação ao Senhor, tudo indica que sim. Porventura não chama a nossa atenção que o Mestre fosse apresentado justamente em um turno de alguém que cria, esperava e tivera sido revelado pelo Espírito Santo ser aquele menino o Messias prometido e aguardado de Israel. Imaginem se tivesse acontecido essa apresentação no turno de um sacerdote meramente profissional, sem a revelação de Deus? Não ouso chamar isso de coincidência, mas Deuscidência. 

Jesus, na condição de Deus, jamais precisaria ser batizado por quem quer que seja, mas para cumprir a justiça, na condição de homem vai e se entrega para ser batizado por João Batista. Ainda na Sua  condição de Filho de Deus, também não precisaria ser ungido pelo Espírito Santo, mas na condição de homem, foi necessário que todos O vissem ser batizado nas águas e o consolador vindo sôbre Ele em forma corpórea como de uma pomba e ainda ouvissem o Pai bradar "Esse é o meu filho amado, em quem me comprazo".

Na continuação, para cumprir os propósitos do Pai, submeteu-se ao Espírito Santo que o conduziu ao deserto para ser tentado por satanás. Vejamos que na condição de Deus, não precisaria se submeter a isso, ma o fez, submetendo-se ao plano divino do Pai. Venceu, e venceu com méritos. Como homem venceu três tentações básicas difíceis a qualquer homem: 1) Usar seus dons e talentos para benefício proprio, 2) A obtenção do poder temporal e, 3) A tentação de dar espetáculo. É um nó,  ou não e?

Depois, em sua mensagem, muda todo o conceito e princípio da religiosidade até então conhecida, que procedia da Lei de Moisés, ou seja: "Dente por dente e olho por olho". A coisa era resolvida à base do "Bateu, levou".

Jesus vem e implanta algumas novidades, a saber:

Levou tapa numa face, oferece a outra,
Te pediram a túnica, dá a capa também,
Se alguém te obrigar a caminhar um milha, caminhe duas,
Se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer, se tiver sede, da-lhe de beber,
Vai até o teu inimigo e perdoa-lhe, não só uma vez, mais indefinidamente,

Jesus altera conceitos e princípios de analise do comportamento humano, senão vejamos:

Enquanto no mundo são bem vistos os que gritam, os ricos, os altivos e os que batem na mesa, Jesus diz que Bem aventurados sãos os mansos, os que choram e os pobres de espírito, os injustiçados por amor do seu nome  Uma total inversão nos valores humanos, portanto um nó no pecado e em satanás. 

Não somente disse isso, mas também rompeu o ciclo do famoso e farisaico jargão religioso "faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço" dando o exemplo quando os soldados vieram prende-lo e não deixou que isso acontecesse, mas entregou-se a sí mesmo, quando disso não tinha necessidade. Também deu exemplo quando colou a orelha do soldado Malco, cortada pela afiada espada de Pedro, seu discípulo e assessor. Nem mesmo seus discípulos entendiam tais atitudes. Numa só ação curou o opressor e livrou seu discípulo de uma penalidade por parte dos romanos. Um verdadeiro nó!

Se deixa prender, apanhar e ser pregado na cruz, quando poderia pedir ao pai legiões de anjos que estavam ao seu dispor, mas não o fez para que pudesse cumprir o plano divino. Ninguém faria isso, senão Ele mesmo. Lembram-se que o Pai olhou dos céus à terra e não viu um justo sequer que pudesse isso fazer?

No alto da cruz, açoitado pelas mesmas dores e sofrimentos de uma crucificação, ainda encontra tempo para ouvir a confissão e absolver um malfeitor que estava ali motivado pelas suas más ações de bandido, mas que no fim da vida reconheceu ser um pecador, ser Jesus um justo que sofria sem merecimento, memo na condição de filho de Deus, e diz para esse pecador: "Hoje mesmo estarás comigo no paraíso!"

Açoites, cravos nas mãos e nos pés, coroa de espinhos, lança no peito, sangue esvaindo-se a ponto de sair água, mas nada poderia matá-lo, e como penúltimo nó no pecado e em satanás, como ninguém tinha o poder de matá-lo, Ele mesmo entrega o espírito nas mãos do pai e finalmente expira.

Se alguém pensou ter aniquilado, enganou-se, Ele estava apenas executando o último nó, tomou as chaves da morte e do inferno e milagrosamente RESSUSCITOU DENTRE OS MORTOS e se tornou assim a PRIMÍCIA DOS QUE DORMEM!

Mais de dois mil anos se passaram, a história da humanidade está classificada cronológicamente em ANTES e DEPOIS DELE.

Quem se diz cristão comemora o nascimento d'Ele de direito e de fato, quem não se diga   cristão, se não comemora de fato, mas obrigatoriamente o faz por direito, afinal tudo e todos param por esse motivo. É um nó ou não e?

Natal é isso, um divisor de águas na história, um nó na iniquidade, no pecado e em satanás.

Só mesmo Jesus poderia fazer isso!

Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores!

FELIZ NATAL 2012!

Vosso conservo n'Ele,
Pr. Carlos Roberto Silva